O Fundo Positivo fará postagens durante os dias da campanha para conscientizar sobre temas relacionados as questões das Mulheres no Brasil.

Feminicídio é uma palavra que muitos ainda podem não conhecer o que ela significa de fato, porém, alguma vez na vida já devem ter escutado. Esse termo foi criado justamente para dar ênfase a um tipo de crime de ódio que é cometido contra determinado grupo em nossa sociedade, no caso, as mulheres.

O termo “feminicídio” surge com a pesquisadora, socióloga, escritora e ativista feminista Diana E.H. Russel que durante a sua vida dedicou-se a estudar casos de violência sexual contra as mulheres e a utilizou em 1976 em um tribunal. Diana definiu o termo da seguinte maneira: “o assassinato intencional de mulheres ou meninas porque elas são mulheres”. Esse termo foi decisivo em nossa sociedade para pensarmos quais são os fundamentos que balizam os crimes contra as mulheres.

No Brasil, a legislação englobou a palavra em 2015 e ela passou a ser qualificadora para o crime de homicídio, visto que ela tipifica uma situação específica de assassinato e com contextos singulares, pois quando o crime acontece, costuma envolver questões de violência doméstica, familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher, além de que geralmente esses crimes acontecem dentro de casa e podem ser praticados por pessoas da convivência da vítima, particularmente pelos seus companheiros.

O Brasil possui uma dura realidade: uma mulher morre vítima de feminicídio a cada 6 horas, sendo o quinto no ranking mundial de países que mais tem feminicídios, e a maioria desses assassinatos são contra mulheres negras. Há avanços nas legislações existentes, porém ainda são poucas frente a essa demanda no país e por isso segue-se lutando pela vida de todas as mulheres. Precisamos inclusive, debater e informar sobre a cultura machista, patriarcal e sexista que envolve a criação dos indivíduos existentes em nossa sociedade.