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Tratamento precoce pode evitar Transmissão Vertical do HIV

Toda transmissão vertical é a passagem de uma infecção ou doença da mãe para o bebê. E esse contágio pode acontecer das seguintes maneiras: durante a gestação (intra uterina); no trabalho de parto – pelo contato com as secreções vaginais e sangue materno; através da amamentação.

A contaminação do feto ou do recém-nascido pela mãe pode ser causada por vírus, bactérias, protozoários, autoanticorpos, drogas, medicamentos e hormônios capazes de atravessar as barreiras placentárias, do sangue e/ou do leite materno.

Desta forma, diversas doenças podem ser transmitidas da mãe para o bebê através de transmissão vertical e não somente o HIV. Já se sabe que a maioria dos casos de transmissão vertical do HIV ocorre mais tardiamente na gestação, durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito. Por isso, diversas pesquisas apontam a importância da testagem, diagnóstico nos primeiros três meses de gestação e do tratamento precoce para garantir o nascimento saudável do bebê.

Portanto, o pré-natal é o principal aliado da gestante para evitar que a transmissão aconteça a seu bebê. É nesta fase que se inicia o diagnóstico da gestante portadora do HIV. Ao ser constatado como um caso positivo, inicia-se o uso dos medicamentos antirretrovirais (ARV) por meio profilático. Isso para evitar a transmissão vertical durante a gestação. Quando a gestante já tem conhecimento de sua condição sorológica e já faz o tratamento com antirretrovirais, a medida preventiva é continuar com seu tratamento, pois a interrupção pode ocasionar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Que testes a gestante deve realizar no pré-natal?

  • Nos três primeiros meses de gestação: HIV, sífilis e hepatites
  • Nos três últimos meses de gestação: HIV e sífilis
  • Em caso de exposição de risco e/ou violência sexual: HIV, sífilis e hepatites
  • Em caso de aborto: sífilis

“Os testes para HIV e para sífilis também devem ser realizados no momento do parto, independentemente de exames anteriores. O teste de hepatite B também deve ser realizado no momento do parto, caso a gestante não tenha recebido a vacina.” (BRASIL. Ministério da Saúde)

Em caso de teste com resultado positivo para o HIV, às gestantes são acompanhadas no pré-natal e tem como indicação de tratamento os medicamentos antirretrovirais durante toda a gestação e, se orientado pelo médico, também no parto. O tratamento previne a transmissão vertical do HIV para a criança.

Já o recém-nascido deve receber o medicamento antirretroviral (em xarope) e ser acompanhado no serviço de saúde. Recomenda-se também a não amamentação, evitando a transmissão do HIV para a criança por meio do leite materno.

Realizando o tratamento precoce, fazendo o pré-natal, seguindo todas orientações médicas e o tratamento com antirretroviral, as chances da transmissão vertical caem significativamente. E é importante lembrar que a mulher vivendo com HIV tem direito a qualquer outra cidadã a vida e saúde sexual, bem como os seus e Direitos Reprodutivos preservados, como já é reconhecido por legislação estrangeira e nacional, ganhou legitimidade a partir Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada no Cairo, em 1994, e da IV Conferência Mundial da Mulher, ocorrida em Pequim, em 1995.

Vale ressaltar também a importância do acompanhamento nutricional e, especialmente, psicológico e emocional oferecido à gestante e sua família durante todo este período. A gravidez é um momento importante e especial para a mulher e a gestante HIV positiva precisa sentir-se segura, acolhida.

Leia mais em:

Publicacão Transmissão Vertical

Recomendações para profilaxia da transmissão vertical do HIV e terapia antirretroviral em gestantes 

Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais

http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/prevencao-combinada/pre-natal

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