Sífilis na gravidez: cuidado e prevenção
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a sífilis ocorre em mais de 1 milhão de gestantes por ano em todo o mundo, levando a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais e colocando em risco de morte prematura mais de 200 mil crianças.
A transmissão ocorre predominantemente por via sexual, contudo, pode ser transmitida verticalmente para a criança, nos casos de gestantes sem tratamento ou tratadas inadequadamente, em qualquer fase da gestação. A transmissão vertical ocorre em qualquer fase gestacional ou estágio da doença materna e pode resultar em aborto, natimorto, prematuridade ou um amplo espectro de manifestações clínicas. Apenas os casos muito graves são clinicamente aparentes ao nascimento.
O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno e adequado da sífilis nas gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal são determinantes para reduzir doenças e mortalidade associada à transmissão vertical. O cuidado pré-natal pode eliminar a sífilis congênita.
O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental. O maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem qualquer alteração e só vão descobrir a doença após o exame.
O tratamento é feito com penicilina benzatina. Pode ser administrada por enfermeiros na Unidade Básica de Saúde, mediante prescrição médica ou de enfermagem.
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal.
Sífilis
A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica e causada pelo Treponema pallidum, uma espiroqueta de transmissão sexual e vertical, que pode produzir, respectivamente, as formas adquirida e congênita da doença. Pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto.
