A Eficácia da Prevenção do HIV de Mãe para Filho
Um estudo publicado na revista The Lancet HIV mostrou que grávidas que aderiram à profilaxia Opção B+, indicada pela OMS, mantiveram infecção controlada por ao menos quatro anos
Os resultados do levantamento, feito com mais de 10 mil mulheres na Tanzânia, foram publicados em 11 de fevereiro deste ano.
Para o estudo, foram coletadas amostras sanguíneas de mais de 10 mil gestantes com HIV de Dar es Salaam – cidade da Tanzânia – que tinham iniciado o tratamento por meio do Opção B+.
Segundo a publicação, 5,9% das grávidas da cidade começando o pré-natal eram HIV positivas. E 1/3 delas já estava num estágio avançado da infecção. As mulheres foram acompanhadas por um período de 4 anos.
Os resultados: cerca de 90% das gestantes mantiveram suprimidos os níveis virais até quatro anos após o início do tratamento. Isso indica que é possível reduzir — ou mesmo eliminar — a transmissão vertical do HIV.
O que diz o autor do estudo, Goodluck Lyatuu, médico e estudante de doutorado no Departamento de Saúde Pública Global do Instituto Karolinska:
Os resultados também apontam para alguns outros desafios importantes quando se trata de obter todos os benefícios de longo prazo da Opção B +. Focar, por exemplo, em alguns subgrupos de mulheres, como mães jovens, mães que começam o pré-natal com cuidados tardios e mães com HIV avançado.
O que é o protocolo Opção B+?
Um regime único e universal de administração de antirretrovirais, tanto para tratar as mulheres grávidas infectadas com o HIV, quanto para evitar a transmissão vertical do VIH.
A Opção B+ propõe não somente medicamentos a gestantes, como também manter a terapêutica vitalícia em todas essas mulheres.
Fontes
https://www.thelancet.com/journals/lanhiv/article/PIIS2352-3018(20)30308-8/fulltext
