PERGUNTAS FREQUENTES

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PERGUNTAS FREQUENTES

A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV) consiste no uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao HIV, reduzindo a probabilidade de infecção. A PrEP deve ser utilizada por quem acha que pode ter alto risco para adquirir o HIV. A PrEP é uma profilaxia para grupos específicos mais vulneráveis À epidemia.

A PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV) é o uso de medicamentos antirretrovirais após um possível contato com o vírus. Está disponível para qualquer pessoa que tenha passado por alguma exposição de risco ao HIV, como acidentes de trabalho (profissionais de saúde) com agulha, bisturi ou qualquer outro objeto perfuro-cortante, nas relações sexuais sem camisinha, nas situações de violência sexual, entre outror. Para ter efeito, a PEP deve ser iniciada, no máximo, até 72 horas após a exposição, e deve ser tomada por 28 dias. 

A remissão da Aids pode estar mais próxima. Ricardo Sobhie Diaz, diretor do Laboratório de Retrovirologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina (EPM/ Unifesp), apresentou uma pesquisa com resultados muito promissores na 23ª Conferência Internacional de Aids, que aconteceu dos dias 6 a 10 de julho.

Segundo o pesquisador e sua equipe, foi possível eliminar o HIV do organismo de um paciente com um supertratamento. O homem, um brasileiro de 34 anos diagnosticado com o vírus em 2012, está sem carga viral há mais de dois anos. Ele foi tratado com uma base de terapia antirretroviral reforçada com outras substâncias. O tratamento intensivo foi interrompido e após 57 semanas sem receber o coquetel e fazendo exames regulares, o DNA de HIV nas células do paciente continuou negativo assim como seu exame de anticorpos de HIV.

A pesquisa contou com a participação de 30 voluntários que possuem carga viral indetectável, e estão sob tratamento padrão, ou seja, estão usando uma combinação de três tipos de antirretrovirais, mais conhecida como “coquetel”. Os voluntários foram divididos em seis subgrupos, recebendo, cada um deles, diferentes combinações de remédios, além do próprio “coquetel”. 

Para os integrantes do subgrupo que apresentou os melhores resultados até o momento, foram administrados mais dois antirretrovirais: o dolutegravir e o maraviroc. Além disso, os voluntários receberam duas substâncias que potencializam o efeito dos medicamentos: a nicotinamida – uma das duas formas da vitamina B3 –, que mostrou ser capaz de impedir que o HIV se escondesse nas células; e a auranofina – que revelou um potencial para encontrar a célula infectada e levá-la ao suicídio.

Para reforçar a imunidade dos pacientes contra o vírus, os pesquisadores desenvolveram uma vacina que conseguiu ensinar o organismo dos voluntários a encontrar células infectadas e destruí-las, eliminando o HIV.

Os seis pacientes que fizeram parte do subgrupo que recebeu o supertratamento ainda aguardam o resultado da terceira dose da vacina. Apenas após análise do sangue e realização de biópsias dos pacientes, os medicamentos serão suspensos e haverá um acompanhamento sobre como o organismo irá reagir. Segundo o pesquisador Ricardo Sobhie Diaz, apenas após isso será possível falar em cura.

Pesquisadores da Rede de Ensaios de Prevenção ao HIV (HIV Prevention Trials Network- HPTN) anunciaram na 23ª Conferência Internacional de Aids que a PrEP injetada a cada 8 semanas tem eficácia superior na prevenção ao HIV do que a PrEP oral.

O estudo foi o primeiro ensaio clínico em larga escala contendo medicamento injetável de ação prolongada como forma de prevenção ao HIV. A primeira das três análises intermediárias previstas no protocolo do estudo mostrou que a taxa de infecção dos usuários do Cabotegravir injetável de longa duração foi 66% inferior à das pessoas que usaram doses diárias de Truvada. Ao todo, 52 pessoas foram infectadas com HIV durante a pesquisa – 39 delas usaram a PrEP de Truvada, e 13 a de Cabotegravir.

O estudo (HPTN 083) envolveu 4.570 voluntários HIV negativo de centros de pesquisa da África do Sul, Argentina, Brasil, EUA, Peru, Tailândia e Vietnã. Participaram da pesquisa homens cis e mulheres trans que fazem sexo com homens. Dois terços dos participantes do estudo tinham menos de 30 anos de idade e 12% deles eram mulheres trans.

Os participantes foram aleatoriamente designados para receber PrEP contendo Cabotegravir injetável de ação prolongada (CAB-LA) a cada oito semanas ou Truvada diariamente. O desenho do ensaio clínico previa que cada voluntário receberia Cabotegravir ou Truvada por três anos na fase cega do estudo (quando nem os participantes nem os pesquisadores sabem que medicamento os pacientes estão recebendo).

“Os resultados do HPTN 083, demonstrando a superioridade do Cabotegravir ao Truvada, têm o potencial de transformar o cenário da prevenção ao HIV entre HSH cisgêneros e mulheres trans”, disse o Dr. Raphael J. Landovitz, presidente do protocolo do HPTN 083. “Sabemos que algumas pessoas têm dificuldade ou preferem não tomar pílulas, e um produto injetável como o Cabotegravir de ação prolongada pode ser uma opção muito importante para elas.”

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