Riscos de infecção em festas de fim de ano? Saiba o que dizem especialistas sobre Covid e monkeypox
Riscos de infecção em festas de fim de ano? Saiba o que dizem especialistas sobre Covid e monkeypox

Quinta onda do coronavírus dá sinais de desaceleração, mas circulação das duas doenças ainda exige medidas preventivas

As confraternizações de fim de ano iniciaram e, com elas, voltam as discussões sobre o medo de contrair Covid. Neste ano, aliás, um novo vírus se soma ao cenário: o da monkeypox. Mas quais os riscos dessas infecções no atual cenário do Ceará?

Diário do Nordeste conversou com infectologista e epidemiologista para saber quais as recomendações no terceiro período de festas em tempos de pandemia.

CENÁRIO ATUAL

Um dos indicadores mais importantes para identificar a circulação do coronavírus em Fortaleza e no Ceará é a taxa de positividade de testes, ou seja, a proporção de exames realizados que deram positivo.

Na última semana, entre os dias 4 e 10 de dezembro, o índice ultrapassou 40% no Ceará: dos 18 mil testes feitos, mais de 4 mil (42%) constataram a infecção por Covid. Já na capital, dos quase 2.500 exames, 1.270 (52%) positivaram. 

Os dados são do Integra SUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), coletados pela reportagem na tarde dessa sexta-feira (16).

8.473 testes de Covid já foram feitos no Ceará na última semana, entre 11 e 15 de dezembro. Do total, mais de 4,4 mil atestaram a presença do coronavírus.

Já a monkeypox, doença menos repercutida entre os cearenses, soma 607 casos confirmados até agora, dos quais 450 são em Fortaleza. O pico de infecções ocorreu em setembro, mas novos registros continuam aparecendo. Em dezembro, já foram 6 infectados.

A incidência da monkeypox, porém, está em queda, segundo Antonio Lima, gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Ele lembra ainda que “tivemos muitos casos, mas a maioria se resolveu sem grandes complicações”.

“A exceção são os pacientes que têm imunodepressão, que podem desenvolver infecções secundárias. Houve parte importante da transmissão sexual, outra por contato com pele. Mas neste momento, estamos numa descendência”, destaca.

QUINTA ONDA DE COVID REGRIDE

Antonio Lima observa que a quinta onda de Covid “foi mais curta, principalmente em virtude de a maioria da população estar vacinada, mas também pela imunidade natural”.

O epidemiologista aponta que o pico da atual leva de casos ocorreu na transição entre novembro e dezembro – e que, agora, “casos e positividade estão em queda” na capital.

Nas aglomerações e festas de fim de ano em geral, evidentemente há um aumento do contato entre pessoas, o que pode representar um crescimento de casos. Mas como estamos a 10 dias do Natal e a positividade tem caído, é possível que o impacto das festas não seja tão relevante, porque podemos estar com uma circulação viral baixa.

ANTONIO LIMA – Gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS

O mesmo otimismo não se repete em relação ao interior do Estado. O infectologista Keny Colares pontua que o cenário pandêmico no Ceará “está um pouco melhor que a média nacional”, mas destaca que o “pico” da curva parece ter sido atingido só em Fortaleza.

“Em Fortaleza e no Ceará como um todo a positividade ainda está acima de 50%. Testes positivos são sinal de que há gente se contaminando. O número é muito alto, ainda, o que nos deixa não tão otimistas”, lamenta.

Nesse cenário, ficamos preocupados com a aproximação do final do ano, se as confraternizações vão causar aumento de casos ou óbitos, já que nesse período os mais jovens encontram mais os idosos, que são vulneráveis. Essas coisas são ditadas pelo comportamento.

KENY COLARES – Infectologista

Os dois especialistas são unânimes sobre a importância da testagem, embora a população tenha “relaxado” quanto à realização deles – e a oferta gratuita nos serviços de saúde tenha diminuído, dificultando o acesso ao exame.

“A testagem continua sendo importante quando há um contexto em que a pandemia não terminou. Se tem sintomas gripais, respiratórios, é importante que procure uma unidade de saúde, identifique a causa e tome os cuidados necessários”, destaca Antonio Lima.

“Testar é sempre muito importante, porque a pessoa começa a observar sinais de agravamento, muda de comportamento, se isola e evita transmitir pra outras. E a autoridade de saúde consegue monitorar os casos: se a pessoa não testa, os indicadores de queda de casos são irreais”, acrescenta Keny Colares.

O infectologista sugere também que pessoas que pretendem ter contato com pessoas idosas ou outros grupos de risco realizem um autoteste no dia da festa, para se certificarem de que não haverá risco de transmissão.

COMO PREVENIR AS DOENÇAS NO FIM DE ANO

As recomendações para prevenção da Covid são repetidas à exaustão desde 2020, mas é sempre relevante reforçar: “tentar fazer o uso mais rigoroso possível de máscaras e evitar aglomerações e locais fechados, sem ventilação”, lista Keny.

Outro aspecto fundamental, que tem sido tratado com desatenção por milhares de cearenses, é citado pelo epidemiologista Antonio Lima: a vacinação completa contra o coronavírus, principalmente entre bebês e crianças.

Temos que aumentar a cobertura vacinal infantil, é uma questão central. Além disso, praticar as medidas de distanciamento e uso de máscaras. E esperar a vacina bivalente, que provavelmente terá uma eficácia maior em relação às sublinhagens da Ômicron.

ANTONIO LIMA – Gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS

No caso da monkeypox, “o uso de camisinhas não protege completamente, mas é sempre indicado”, alerta o epidemiologista. “Mas o importante mesmo é estar atento a lesões de pele que chamem atenção e podem ser tratadas, a maioria em região digital e perianal”, adiciona.

No mais, Antonio Lima já projeta o que, provavelmente, estará nos pedidos de fim de ano de todo cearense. “É provável que a Organização Mundial da Saúde (OMS) finde a emergência internacional da monkeypox – e declare o fim da pandemia de Covid, em 2023. Esperamos sinceramente que sim.”

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