Por Rafael Biazão
Utilizar aplicativos mobile para aproximar os adolescentes dos serviços públicos de saúde e disseminar informações sobre saúde sexual e reprodutiva. Estes são alguns dos objetivos do 1º Prêmio Aplicativo Saúde Adolescente, que foi lançado hoje e é uma iniciativa da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) e da Secretaria Estadual da Saúde do Estado de São Paulo, e executado pelo CIEDS.
Segundo Guto Vitoy, consultor da OPAS, o Prêmio surgiu da necessidade de melhorar as formas de comunicação com jovens e adolescentes, tornando as mensagens de saúde mais atraentes a este público. “A principal expectativa é que se reduzam as distâncias entre os serviços e as equipes de saúde com os adolescentes e jovens, fazendo com que as informações cheguem aos usuários com qualidade e assertividade”, conta.
Para a Doutora Albertina Duarte, Coordenadora Estadual do Programa Saúde do Adolescente, esta iniciativa é um exemplo que deve ser adotado por outros estados e países. “Essa é uma demonstração para o mundo da mobilização de São Paulo na área da saúde. Uma mobilização coletiva entre profissionais da saúde diretamente com os adolescentes”, afirma.
Os inscritos terão acesso a uma série de materiais sobre saúde e deverão pensar em formas de disseminar os conhecimentos adquiridos através de aplicativos mobile construídos por eles próprios, por meio de uma plataforma de fácil navegação. “Os aplicativos enviados serão avaliados por uma equipe técnica e por júri popular, e os melhores serão premiados com smartphones, uma viagem para os EUA com tudo pago para participar da Conferência Youth Health, e outra para um Congresso no Rio de Janeiro”, revela Sérgio Rosenhek, coordenador executivo do CIEDS.
Katherine Zavagnison, jovem participante dos grupos de discussões do Programa Saúde Adolescente, foi convidada para testar a plataforma da Fábrica de Aplicativos, que será utilizada pelos participantes do Prêmio. “A estrutura oferecida pela plataforma é de fácil compreensão. O mais difícil é escolher o tema que irá abordar e como isso será feito”, revela. “O adolescente não se prende a assuntos relacionados à saúde sexual e reprodutiva porque muitas vezes a abordagem não é atraente, por isso há necessidade de pensar em maneiras mais lúdicas de chegar neste público”, complementa.
Os participantes devem desenvolver aplicativos relacionados aos seguintes temas: acesso às redes de atendimento à saúde adolescente; prevenção de DSTs; métodos contraceptivos; gestação; saúde neonatal e infantil para filhos de mães adolescentes; e início da vida sexual.
A participação no Prêmio poderá ser individual, para qualquer adolescente entre 10 e 19 anos residente no estado de São Paulo, em dupla ou trio para adolescentes que façam parte de alguma Casa do Adolescente ou ONG do estado de São Paulo. As inscrições devem ser feitas pelo site www.aplicativosaudeadolescente.com.br.