Fundo Positivo LGBTQIA+ (re) existindo
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Eleições de pessoas trans no Brasil

Em 2022, segundo levantamento da ANTRA, tivemos 78 candidaturas de pessoas trans, representando um aumento de 44% em relação a 2018. Dessas candidaturas 69 eram de mulheres trans/travesti, 5 de homens trans, 4 de pessoas não binárias. A maioria dessas candidaturas eram de pessoas negras, com posicionamento político mais a esquerda (apesar que houveram pessoas direcionadas à direita) onde a concentração das candidaturas ficou na região sudeste (34%) delas.

A campanha no Brasil foi acirrada, há relatos de muita hostilidade e até violência contra as candidaturas de pessoas trans, fora toda a transfobia estrutural que permeia a sociedade brasileira. Porém, apesar de todo esses contextos, demos passos em relação a representatividade e a ocupação dos espaços e assim elegemos pessoas trans em 2022. Esses lugares são também de pessoas trans e devem ser ocupados por elas.

Quanto a pessoas trans que se elegeram são 3 deputadas federais e 3 deputadas estaduais.  Sendo a Erika Hilton primeira deputada federal travesti eleita pelo estado de São Paulo, Duda Salabert, primeira deputada federal trans eleita pelo estado de Minas Gerais e Robeyoncé Lima eleita pelo estado de Pernambuco. Quanto às estaduais temos : Linda Brasil (PSOL), Dani Balbi (PCdoB) e Carolina Iara (PSOL). A ocupação desses espaços é um caminho não só para a representatividade mas para a equidade, tão necessária no país que mais mata pessoas trans. Esses são os votos que fizeram a diferença.

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