As discussões, desta quarta-feira (28), no 7o Encontro Nacional de Projetos
Apoiados pelo Fundo Positivo concentraram-se nos desafios e avanços da
imunização em pessoas vivendo com HIV/AIDS. O Simpósio “Desafios e Avanços
na Imunização de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS” reuniu especialistas, ativistas
e gestores em saúde para debater temas essenciais para a promoção da saúde
dessa população. A primeira mesa do dia, mediada por Marina Reidel, trouxe o
infectologista Dr. Raphael Pires, que destacou que, apesar da imunossupressão
reduzir a resposta vacinal, os benefícios da imunização superam os riscos.
Na segunda mesa, o foco recaiu sobre os desafios enfrentados por pessoas com
HIV em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A Dra. Nanci Ferreira
discutiu como barreiras sociais e desigualdades impactam o acesso à
imunização. Além disso, reforçou que a vacinação é uma ferramenta
indispensável para prevenir infecções oportunistas e preservar a qualidade de
vida, especialmente em contextos de exclusão e baixa cobertura vacinal. A mesa
evidenciou a necessidade de políticas públicas mais inclusivas e estratégias de
saúde comunitária eficazes.
A terceira mesa abordou a gestão e sustentabilidade dos projetos sociais, com
ênfase em captação de recursos, aspectos jurídicos e auditoria como
mecanismos de transparência e fortalecimento institucional. Especialistas como
Harley Henriques, Nailton Cazumbá e Lucas Seara trouxeram experiências
práticas e ferramentas essenciais para a sobrevivência e eficiência das
Organizações da Sociedade Civil (OSCs), destacando a importância da
governança e da profissionalização na atuação dessas instituições.
Já a quarta mesa promoveu reflexões sobre a atuação em rede e o
enfrentamento ao estigma. Andrey Lemos e Dr. Veriano Terto enfatizaram que o
preconceito ainda é uma barreira significativa para o acesso a serviços de saúde.
A criação de redes intersetoriais foi apontada como uma forma de assegurar a
promoção da saúde integral em populações marginalizadas. A apresentação de
produtos e iniciativas dos projetos nas áreas de moda, beleza e autoestima,
como Capacitrans; Ijoba Asé Osum Olomi Wura; CEPAC; Manifesta LGBT; ECOS
e Mães da Resistência, trouxe visibilidade às ações que unem empreendedorismo
e empoderamento.
O evento segue até o dia 29 de maio, com participação de especialista e uma
programação voltada à discussão sobre ações e desafios para populações em
contextos de vulnerabilidade socioeconômica e epidemiológica.











