PREVENÇÃO: A IMPORTÂNCIA DE FALAR SOBRE AS ISTs!

Infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C, herpes genital, sífilis, gonorreia, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), clamídia e tricomoníase, vaginose bacteriana e a candidíase. Todas são Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Mas o que sabemos sobre elas? Quais formas de prevenir? Quais os tratamentos?

As ISTs são causadas por bactérias, vírus ou outros microrganismos transmitidos, principalmente, através das relações sexuais (oral, vaginal, anal) sem a proteção de preservativo masculino ou feminino com uma pessoa infectada. A transmissão também pode ocorrer de mãe para filho(a) durante a gestação, ao fazer o parto ou ao amamentar. Outra forma de transmitir IST é por meio não sexual, através do contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

“A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.” Ministério da Saúde (2018)

Os primeiros sintomas podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos ou verrugas. E podem ser identificados principalmente, no órgão genital, mas pode surgir também em outra parte do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua).

Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST. Por isso, a prevenção é primordial.

A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as PVHA, redução de danos, entre outros.

Embora existam campanhas de incentivo ao uso de camisinha e prevenção combinada e o governo federal do Brasil distribuir gratuitamente preservativos e PREP, dados dos últimos boletins epidemiológicos do HIV/Aids, realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e pelo Ministério da Saúde, mostram que as ISTs estão crescendo entre os jovens brasileiros. A maioria dos casos, é registrada na faixa etária de 20 a 34 anos (52,7%).

Recente estudo, intitulado Infecções Sexualmente Transmissíveis: orientações e importância da prevenção de jovens e adolescentes, aponta “que muitos jovens têm um conhecimento básico sobre ISTs e AIDS, porém mesmo assim há um índice alto de casos de Human Immunodeficiency Vírus (HIV) e as ISTs são prevalentes nos adolescentes a qual está associado a falta de preservativos no momento do ato sexual”. (2020)

O mesmo trabalho observa que existe falta de informações mais coerente sobre os métodos de prevenção das Infecções sexualmente transmissíveis, “existem muitos anúncio que se refere à camisinha como método de prevenção contra uma gravidez indesejada ou o uso de anticoncepcional que auxilia na prevenção da mesma, o que faz com que os alunos criem a idéia que além da gravidez o anticoncepcional serve para se prevenir contra uma IST”. Outro ponto observado, é que os jovens geralmente têm conhecimento sobre algumas ISTs como HIV/Aids e HPV, entretanto, estes jovens não têm informações sobre infecções extremamente comuns como a tricomoníase, gonorreia e sífilis, o que se torna bastante preocupante.

Por isso, é cada vez mais importante que família, escola e poder público criem estratégias, programas e ações para conhecimento mais amplo sobre o que são ISTs, as formas de prevenção e seus tratamentos. É somente através dessa união de esforços que poderá minimizar os altos índices de casos de ISTs no Brasil, diagnosticados entre adolescentes e jovens de 15 a 24 anos.