Continuando a campanha \u201c\u00c9 pra se orgulhar mesmo!\u201d. Hoje trazemos a quest\u00e3o de como a linguagem e nossa comunica\u00e7\u00e3o podem ser usadas para oprimir e propagar preconceitos. E o quanto aquele \u201cadjetivozinho ali\u201d que voc\u00ea acha inofensivo pode estar propagando uma viol\u00eancia contra determinada pessoa e determinado grupo.<\/p>\n\n\n\n
Sabemos que a linguagem carrega as marcas hist\u00f3ricas das opress\u00f5es sociais que estruturaram a hist\u00f3ria e a pr\u00f3pria sociedade e que pode sim, ser um canal propagador de viol\u00eancias. Dando um exemplo pr\u00e1tico: quantas express\u00f5es racistas identificamos atualmente no nosso vocabul\u00e1rio e que precisam e precisaram ser revistas e at\u00e9 banidas? E quantas mais ser\u00e3o? E quantas express\u00f5es machistas? E capacitistas? Com a comunidade LGBTQIA+ n\u00e3o seria diferente. Mas o mais interessante sobre a linguagem \u00e9 que ela \u00e9 viva e muda de acordo com o tempo e atores\/atrizes sociais que est\u00e3o nela envolvidas.<\/p>\n\n\n\n
Aqui n\u00e3o se ir\u00e1 citar as express\u00f5es visto que s\u00e3o formas de viol\u00eancia, mas j\u00e1 pararam para pensar que na maioria das vezes sempre que um homem cis (independente se ele for da comunidade ou n\u00e3o, mas se ele for isso fica mais intenso) faz algo que n\u00e3o voc\u00ea gosta se usa uma determinada palavra com \u201cV\u201d para depreci\u00e1-lo? E n\u00e3o precisa ser um homem n\u00e3o, quantas pessoas trans, principalmente mulheres trans ainda tem que lidar com o termo \u201ctraveco\u201d quando elas est\u00e3o defendendo suas posi\u00e7\u00f5es ou se afirmam enquanto mulheres ou reivindicando o feminino? Termo esse que al\u00e9m de pejorativo, denota algo descart\u00e1vel e sem valor.<\/p>\n\n\n\n
Essa quest\u00e3o da comunica\u00e7\u00e3o \u00e9 muito forte at\u00e9 na imprensa\/m\u00eddia nacional por exemplo que usava a express\u00e3o nas d\u00e9cadas de 80\/90 chamava a infec\u00e7\u00e3o por HIV de \u201cc\u00e2ncer gay ou peste gay\u201d, o que al\u00e9m de LGBTIF\u00f3bica e descontextualizada essa afirma\u00e7\u00e3o, criou-se um estigma que ainda se propaga por d\u00e9cadas. Aqui s\u00e3o s\u00f3 pequenos exemplos, para se refletir, tanto as que fazem parte da comunidade quanto das que n\u00e3o fazem.<\/p>\n\n\n\n
O mais legal \u00e9 que todes podem ir mudando seu vocabul\u00e1rio gradativamente e se informando dessas express\u00f5es e assim tornar a linguagem um canal de propaga\u00e7\u00e3o de boas not\u00edcias e n\u00e3o fake. Melhor \u00e9 propagar mesmo boas not\u00edcias!!!<\/p>\n\n\n\n
Orgulhe-se!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Continuando a campanha \u201c\u00c9 pra se orgulhar mesmo!\u201d. Hoje trazemos a quest\u00e3o de como a linguagem e nossa comunica\u00e7\u00e3o podem ser usadas para oprimir e propagar preconceitos. E o quanto aquele \u201cadjetivozinho ali\u201d que voc\u00ea acha inofensivo pode estar propagando uma viol\u00eancia contra determinada pessoa e determinado grupo. Sabemos que a linguagem carrega as marcas […]<\/p>\n","protected":false},"author":8,"featured_media":473,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"elementor_header_footer","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[6],"tags":[],"class_list":["post-533","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-cards"],"yoast_head":"\n