Fundo Positivo LGBTQIA+ (re) existindo
Fundo Positivo LGBTQIA+ (re) existindo

Nota de repúdio pela violência transfóbica sofrida por Déborah na Câmara Municipal de Vitória.

Nós do Fundo Positivo, e inclusive do Fundo LGBTQIA+, estamos vindo através dessa postagem, manifestar apoio a grande ativista e coordenadora de projetos Deborah Sabará, por causa da violência transfóbica sofrida na Câmara Municipal de Vitória. A ativista e coordenadora foi receber uma monção de aplausos pelo Dia Internacional da Mulher, porém, não apenas por isso, mas também pelo grande trabalho frente as questões de Direitos Humanos e direitos da população LGBTQIA+.

Um vereador do Partido Liberal se manifestou contra a monção usando como referência a questão religiosa de “Deus e a Bíblia” e com isso utilizou-se de palavras e frases de cunho transfóbico, caindo no discurso já usual da bancada conservadora e evanglélica que é um discurso genitalista e fundamentalista religioso. Queremos ressaltar que transfobia é crime tipificado desde 2019 e que tudo que foi proferido são ataques transfóbicos a pessoa de Deborah, o que é inaceitável e um crime.

Cabe mencionar que Deborah é uma importante representante da a LGBTQIA+ no Espírito Santo, onde exerce seu trabalho pela Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade, a GOLD, ainda é coordenadora de Ações e Projetos e atua desde 2005 na defesa dos direitos humanos.

Discorrendo ainda sobre o trabalho da Deborah, ela é uma importante Parceira do Fundo Positivo, onde vem desenvolvendo importantes ações através de projetos. Um em específico, que está sendo desenvolvido agora, envolve a questão de redução de danos de uso de psicotrópicos para pessoas LGBTQIA+ em privação de liberdade num complexo penitenciário da região de Vitória, um trabalho sensível e necessário. Ela também foi homenageada por ser a primeira porta bandeira do estado do Espírito Santo.

Só gostaríamos ressaltar que pessoas trans existem e que o discurso genitalista já foi superado. Ninguém nasce, torna-se, sendo fruto das interações e construções biopsicossociais. Identidade de gênero nunca foi medido pelo que se tem o que não se tem, mas sim pela construção histórica e de vida da pessoa. Para Déborah todos os aplausos pela coragem e maestria em tornar a nossa sociedade mais justa para aqueles que foram excluídos por ela. Não pare de lutar! Estamos com você!