A campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher” já está em sua edição de 2021, sendo realizada no Brasil desde 2003, porém a lista de países que também o fazem já ultrapassa 160. A proposta que não é apenas nacional, mas também internacional, tem como foco a eliminação da violência contra as mulheres e teve início agora dia 20 de novembro e perdura até dia 10 de dezembro.
Essa campanha foi iniciada, internacionalmente, em 1991 por ativistas do Instituto de Liderança Global das mulheres, porém a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente a data em 1999 em alusão e memória ao assassinato de forma cruel de três irmãs que lutavam contra a ditadura na República Dominicana em 1960. A campanha consiste em uma estratégia global de mobilização e engajamento não só de indivíduos, mas também de organizações para prevenir e eliminar todas as formas de violência contra as mulheres.
Duas a cada três mulheres sofrem algum tipo de violência, mas apenas 10% denunciam a agressão, de acordo com o relatório ONU Mulheres, que também revela que o Brasil é o quinto na lista de países com mais crimes de gênero e é também o país que mais mata mulheres trans e travestis no mundo. Quando se fala em violência se deve pensar em diversas formas e não apenas na agressão física. A violência perpetuada contra as mulheres pode ser verbal, psicológica, patrimonial, física e sexual.
O Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, registra um feminicídio a cada 6 horas, contabilizando o total de 1350 casos em 2020, onde a maioria das vítimas são mulheres negras e pobres. Feminicídio é o crime que culmina no assassinato de mulheres, envolvendo questões de gênero, ou seja, essas mulheres são assassinadas justamente por serem mulheres e estarem inseridas em uma sociedade sexista, machista e patriarcal.
Então são urgentes não só as campanhas informativas sobre o assunto como a criação de leis e mecanismos legais de proteção às mulheres pelos países ao redor do globo. Todes nós podemos ajudar tanto conscientizando quanto repassando essa ideia adiante. E lembre-se: Violência contra a mulher é crime! Denuncie (ligue para o 180 ou procure instituições reconhecidas de proteção à mulher)