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Casais Sorodiferentes

Casais sorodiferentes é quando um dos parceiros vive com HIV e o outro não.

Falar sobre o HIV ainda é um tabu para muitas pessoas. Sabemos que pode ser muito difícil falar da soropositividade positiva para o HIV. Devido a uma série de estigmas, o HIV não é o primeiro tópico que surge quando a maioria dos casais começa a namorar.

Já se sabe que pessoas vivendo com HIV com carga viral indetectável não transmitem o vírus – I = I (I = I – Indetectável igual Intransmissível). Manter a carga viral sob controle é, portanto, um recurso de proteção constante em casais sorodiferentes. Contudo, existem ainda outras estratégias de prevenção que podem ser adotadas.

Importante saber que pessoas em relacionamentos de sorodiferentes têm de enfrentar todas as mesmas coisas que outros casais.

Vamos conhecer algumas lindas histórias de amor sorodiferentes.

Rômulo e Eva

Eles se conheceram em 2017, em um evento de dança. Rômulo, ainda não sabia que vivia com HIV. Com uma semana após se conhecerem, ele fez um teste e o resultado foi positivo.

“Tivemos vários conflitos com nossos valores sociais, por falta de informação. Eu pensei que meu tempo de vida seria curto.  Tivemos de superar o discurso que ouvimos a vida inteira de que o infectado pelo HIV  ‘morrerá seco em uma cama de hospital de aidético’. Juntos, enfrentamos os estigmas sociais e Eva tornou-se a minha principal parceira. Ela abriu meus olhos e me deu forças para iniciar o tratamento”. (Rômulo)

Ao longo destes anos, eles aprenderam juntos que é viver com HIV.

“Cuidamos um do outro. Eva é  meu pilar para superar o peso que é ser diagnosticado com HIV e eu me cuido para não transmitir”.

Eva e Rômulo estão casados há 3 anos. Ele mantém religiosamente o tratamento antirretroviral (TARV). 

“Vivemos uma vida igual a todos os outros casais” (Eva)

@rominhoamorim   @souevapires

Léo e Maurício

Maurício e Léo moram em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, eles frequentavam  os mesmos lugares desde criança, mas só tiveram a primeira interação depois de adultos. No dia 16 de maio de 2016 ficaram pela primeira vez e desde então estão juntos.

“Ele já se aproximou de mim sabendo da minha sorologia e sabendo muita coisa sobre o HIV e AIDS. Isso demonstra como a informação e o conhecimento ajudam para terminar com o estigma e a discriminação. É interessante como o HIV nunca foi questão em nosso relacionamento. Apenas nos amamos e pronto. É incrível que estamos completando cinco anos em 2021”. (Léo)

Para eles, é importante falar sobre o assunto, porque muitas pessoas vivendo com HIV e AIDS acham que jamais serão amadas novamente. O recado que eles dão é:  “Não desistam nunca do amor!”

@leocezimbra @mauriciocendon

João e Gabriel

João e Gabriel começaram a namorar em setembro de 2020, em meio à pandemia. Já se conheciam há alguns anos. João vive em Goiânia, é professor, ativista de direitos humanos e vive com HIV há quase 20 anos. Gabriel vive em Brasília, é estudante de medicina e soronegativo.

A sorologia positiva para o HIV nunca foi um problema para os dois e o diálogo sempre foi uma ferramenta importante no relacionamento. João faz tratamento com medicamentos antirretrovirais e está com a carga viral indetectável. Ambos sabem que não há risco de transmissão do vírus entre o casal.

Nesse período de isolamento social, eles têm contado com o apoio um do outro para enfrentar os desafios que a pandemia tem imposto a todes.

@nettinhos e @gabrielxandeco

O Amor É Sempre Positivo!

Referência:

SOUZA, Cláudio. Os casais sorodiscordantes: o amor vence todas as barreiras? Blog Soropositivo.Org, São Paulo, 06 abr. 2019. Disponível em: https://soropositivo.org/2019/03/09/os-casais-sorodiscordantes/

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