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Importância da alimentação saudável da pessoa vivendo com HIV/Aids

Quando se fala em boa saúde, logo pensamos em uma alimentação balanceada. O modo saudável de nutrição tem relação à ingestão de alimentos que possuem composição nutricional equilibrada, diversificada e colorida, mas também, a como os alimentos são combinados entre si e o seu preparo. O que cada pessoa come influencia na sua saúde, reflete em sua imunidade, por isso, a boa alimentação diminui as chances de adoecimento e ajuda na rápida recuperação em casos de enfermidades.

A alimentação saudável é uma das formas de ajudar no tratamento do HIV/AIDS, porque contribui para o fortalecimento do sistema imune e ajuda a controlar e a conviver melhor com os possíveis efeitos colaterais causados pelos medicamentos antirretrovirais, que são essenciais para o combate ao vírus.

Deste modo, uma dieta pobre e incompleta pode não oferecer os nutrientes necessários e as células de defesa do corpo, principalmente as células CD4 e CD8 – células que trabalham em conjunto na resposta contra as infecções oportunistas -, assim elas acabam ficando menos eficientes. É justamente por isso que pessoas vivendo com HIV/Aids precisam ter um cuidado ainda mais especial com a alimentação.

Mas então, quais são os alimentos que não devem faltar numa dieta da pessoa vivendo com HIV? Segundo o Manual clínico de alimentação e nutrição na assistência a adultos infectados pelo HIV (2006), “para obter uma alimentação saudável, a pessoa deve buscar ingerir todos os grupos de alimentos diariamente. A alimentação saudável deve fornecer carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, que são nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo”.

O manual divide estes alimentos em grupos nutrientes: proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais. Cada categoria tem uma especificidade e alimentos distintos. Veja cada uma aqui:

PROTEÍNAS – Função: Envolvidas na formação e manutenção das células e dos tecidos do corpo e órgãos.

  • Alimentos: Leite, queijos, iogurtes, carnes (aves, peixes, suína, bovina), miúdos, frutos do mar, ovos, leguminosas (feijões, soja, grão-de-bico, ervilha, lentilha). Castanhas (castanha-do-Pará, avelã, castanha-de-caju, nozes).

GORDURAS – São fontes alternativas de energia; Influem na manutenção da temperatura corporal. Transportam vitaminas lipossolúveis. Dão sabor às preparações e sensação de saciedade.

  • Alimentos: Azeite, óleos, margarina (insaturadas). Manteiga, banha de porco, creme de leite, maionese, toucinho (saturadas). Sorvetes industrializados, gordura vegetal hidrogenada.

CARBOIDRATOS – Asseguram a utilização eficiente de proteínas e lipídios.

  • Alimentos: Cereais (arroz, milho, trigo, aveia), farinhas, massas, pães, tubérculos (batata, batata-doce, cará, mandioca, inhame). Açúcares simples.

VITAMINAS -. Essenciais na transformação de energia, ainda que não sejam fontes. Intervêm na regulação do metabolismo. Favorecem respostas imunológicas, dando proteção ao organismo.

  • Alimentos: Verduras, legumes e frutas como espinafre, vinagreira, acelga, rúcula, alface, capeba, almeirão, gueroba, tomate, beterraba, cenoura, jerimum ou abóbora, jatobá, caju, cajá, maçã, mamão, laranja.

MINERAIS -Contribuem na formação dos tecidos; Intervêm na regulação dos processos corporais. Favorecem a transmissão dos impulsos nervosos e a contração muscular. Participam da manutenção do equilíbrio ácido-básico.

  • Alimentos: Frutas, verduras, legumes e alguns alimentos de origem animal (leite, carnes, frutos do mar como fontes principalmente de cálcio, fósforo, ferro e zinco) castanhas.

Além dos alimentos citados, o manual pontua sobre a importância do Consumo de Água para a regulação das funções vitais do organismo, no funcionamento dos rins e intestinos, no controle da temperatura corporal, entre outras funções. A ingestão de água deve estar entre 2 a 3 litros por dia. E das Fibras alimentares com função reguladora por aumentar o volume das fezes, reduzir o tempo de trânsito intestinal e atuar favoravelmente sobre o intestino. O consumo adequado de fibras na alimentação diária tem sido associado à prevenção e/ou tratamento de doenças como câncer de cólon, diverticulite, obesidade, diabetes e dislipidemias.

Para saber mais, clique aqui e leia o manual completo.

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